Do Jornal de Santa Catarina a dono de locadora

Sim, deu tudo certo, comecei a trabalhar lá ganhando 415 reais mais benefícios (sexta básica, vale transporte e ticket alimentação), como arte-finalista, não precisava ser muito criativo na época, pois fazíamos anúncios para classificados, coisas simples, rápidas, mas que tinha que ser bem executadas em pouco tempo. foi ali que peguei prática no negócio e comecei a entender de POSTSCRIPT, arquivos PS e EPS, separação de cores, literatura, resolução de imagens e muitas outras coisas.

Sempre gostei de aprender, e ali nessa época me apresentaram o photoshop, em menos de um ano eu já era o cara do plantão, isso era respeitado, pois você era o cara que ficava até o jornal ficar pronto, então você tinha que conhecer bem os processos e problemas que poderiam ocorrer e resolve-los rapidamente. O cara do plantão também fazia o tratamento de imagem, na época era o único que tinha o Photoshop na máquina além do chefe da equipe de arte.

santa

Então um pouco mais de um ano de Jornal, meu chefe-de-arte pediu demissão e abriram a vaga para contratar alguém, mas enquanto não contratavam alguém eu fui nomeado responsável pelo setor até acharem alguém para a vaga. Então falei com o restante da equipe de arte o que eles achariam se eu fosse o chefe deles, (todos tinham mais tempo de casa do que eu) todos apoiaram.

Então fui na sala do meu gerente e falei, sim eu sou bom o suficiente para substituir o chefe-de-arte, mas não sou bom o suficiente para ficar com a vaga em definitivo?

Então fui na sala do meu gerente e falei, sim eu sou bom o suficiente para substituir o chefe-de-arte, mas não sou bom o suficiente para ficar com a vaga em definitivo? Ele me perguntou se eu realmente queria a vaga, falei que sim. Então novamente deu certo, eu virei o coordenador da equipe de arte-comercial do Jornal de Santa Catarina, ou seja do maior jornal regional do estado na época se não me engano cheguei meu salário era uns 200 reais mais alto que o resto da equipe, quando eu sai de lá já ganhava mais de 900 reais por mês, isso em 2005.

Fiquei no jornal e aprendi muito, muito mesmo, mas nos últimos tempos eu não estava mais feliz com o que fazia, pois meu trabalho se tornou fácil demais e repetitivo, eu fazia tudo já no automático, não tinha mais desafios, então resolvi largar a vida de criação (pois na verdade eu ainda não tinha na cabeça essa idéia de trabalhar com criação, era apenas um emprego que pagava as contas). Abri uma locadora de filmes.

Fiquei com a locadora apenas um ano, mas enquanto eu tinha a locadora, eu fazia meus panfletos, cartazes, site, ou seja não parei de criar, pois por que eu iria pagar alguém se eu sabia como fazer? Fiz até a Marca da locadora, “Mania de Filmes”. Depois que vendi a locadora, pensei em ficar umas 2 ou 3 semanas sem trabalhar para curtir a vida, mas isso não deu muito certo, não tive problemas.

3 dias depois de vender a minha locadora, meu ex-gerente do jornal me liga, dizendo que estava há mais de um mês procurando o meu contato, pois ele agora trabalhava em uma editora de revistas customizadas que tinha também um jornal semanal na cidade, dizendo que precisava de mim pela minha experiência com o Jornal de Santa Catarina (aqui é conhecido também por SANTA). Aceitei é claro, isso já era em 2006.

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